Jô Santos nasceu João Batista
Santos Sousa em São Luís no sétimo dia de dezembro do ano de 1960. Filho
caçula dos cinco que o paraibano Severino e a piauiense Madalena tiveram,
participa das rodas de violão que aconteciam no bairro do João Paulo com a
turma da Getúlio Vargas, rua das peladas de futebol, das festas de sábado e dos
amigos do Colégio Batista. Com 16 anos, vai morar no Rio de Janeiro em 1976,
época de ditadura militar e tempos críticos na vida política do país.
No bairro do Lins de Vasconcelos, na zona norte carioca conhece o grupo de jovens da Paróquia São Jaime Apóstolo, hoje São Tiago Menor, onde aprende com os amigos Guilherme Batista e Albino Pellizzon a tocar e cantar nas missas dominicais. O violão e o canto entram na vida de Jô a partir dos saraus que aconteciam no Lins para o encontro com a poesia de Vinícius, as harmonias de Tom e ao violão sincopado de João Gilberto. Aí a Bossa Nova com letras, canções, poesias e violões entram em definitivo na estrada musical do artista. A influência da música sacra acontece com uma rápida passagem pelo Seminário São José, mas o sacerdócio em 1978, não era o caminho. Desistir da batina e assumir as paralelas das cordas do violão em 79 como opção de vida foi a grande estrada. Nos anos 80, retorna ao Maranhão onde produz vários shows para teatro como “Arrastão” em 1985, “Cantar: verbo intransitivo” em 1986, “Vozes Maranhenses” em 1987 e “Notícias do Brasil, as canções trazem” interpretando canções de grandes mestres da MPB como Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Milton Nascimento, além de compositores maranhenses como João do Vale e Nonato Buzar.
Em 1987, vem a profissionalização. Com o violão no punho e a voz no coração apresenta-se em casas noturnas e teatros e cria o projeto “Arte, Expressão e Vida” onde ensina música e poesia nas escolas através das letras de autores da MPB. Dedica-se também às aulas de português tendo a música como instrumento.
Depois dos
bares, casas noturnas e teatros, Jô começa a compor e nascem as primeiras
autorais como “Sementes da paz” e “Tempero da Saudade”. Produz o primeiro CD só
com músicas autorais em 1999 e grava em 2001 o álbum “Tempero da Saudade” onde
aparecem a voz e o violão que Jô chama de “inseparável amigo Germano”. Grava
“Marca de Fogo” em 2004 e “Nada a Temer” em 2005, onde interpreta clássicos da
MPB como “Corcovado” de Tom e “As rosas não falam” de Cartola, além de canções
autorais como “E-mail Coração”, “Uma prece a São Luís”, “Cedo Demais” e “Na
contramão”. Produz ainda várias coletâneas de 2007 a 2010 onde grandes
intérpretes são homenageados como Agostinho dos Santos, na canção “Graças a
Deus” e “Sorri”, versão de Charles Chaplin do Braguinha na voz de Djavan.
Neste blog, João Batista Santos Sousa (Jô Santos) compartilha memórias da sua longa relação com a música, através de crônicas afetivas.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMagnífica história de vida, meu cunhado.
ResponderExcluirA música sempre esteve em sua vida. Parabéns pelo blog e como profissional da música.
O que seria de nós sem música? Não é?
Música é transmitir sensações e emoções espectaculares, independentemente de idioma desconhecido. Capaz de transformar tristeza ou qualquer tipo de problema, mesmo que momentaneamente, em bem estar. Purifica a alma! Cientistas e pesquisadores acreditam no poder da cura de muitas doenças, com música! Isso mesmo, através de tipos e estilos para cada situação.
São as atitudes e momentos que a The Best in Events pode proporcionar a você ou sua empresa.
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Meu professor e poeta que bela história de vida.
ResponderExcluirAgora vc passa para história e se torna imortal. Um abraço
Ferrar da Silva
ResponderExcluirAgora vc passa da vida comum para a imortalidade.um abraço
Muito legal! Assisti a sua entrevista hoje na TV Mirante.
ResponderExcluirUma voz incontestável,estilo único, e acima de tudo um ARTISTA que mantém VIVA a BOSSA NOVA além FRONTEIRAS.
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